quarta-feira, 29 de julho de 2020

IBERIAN LYNX

© Juan Carlos Poveda Vera - https://www.facebook.com/NaturedaNaturalezayEcoturismo/

Mãe e cria

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Lindíssimo animal

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GUADIANA SELVAGEM

Espectacular esta imagem de um lince ibérico na beira da água. No Baixo Alentejo.
• Fotografia de: Daniel Pinheiro, Daniel Pinheiro - Wildstep Productions, fotógrafo e realizador dedicado à fotografia de natureza, comportamento animal, paisagem, biodiversidade...
“Guadiana Selvagem” foi apresentado em Mértola
Este é um documentário sobre história natural do Vale do Guadiana e paisagens naturais e humanas envolventes.
O documentário “Guadiana selvagem”, de Daniel Pinheiro, foi apresentado no Cineteatro Marques Duque, em Mértola. A Câmara Municipal de Mértola explica que contratualizou com a produtora Wildstep Productions, dirigida pelo realizador Daniel Pinheiro, “a realização de um documentário de história natural sobre o Vale do Guadiana e paisagens naturais e humanas envolventes”, visando “a salvaguarda e valorização do património natural deste território”. Ainda segundo a autarquia, “para além de um importante suporte promocional para a notoriedade do território, o documentário assume-se, essencialmente, como uma ferramenta pedagógica, pois, de forma simples, acessível e visual dará a conhecer os habitats, as espécies e os valores que compõem a biodiversidade local, assim como as ameaças que pesam sobre ela”. A iniciativa integra-se no âmbito do conjunto de ações do projeto Poseur Geração BIO e conta com a parceria científica do ICNF/Parque Natural Vale do Guadiana. O documentário “foi filmado em Ultra Alta Definição 4K, situando-se na vanguarda da tecnologia utilizada internacionalmente no registo documentário de história natural”, conclui a câmara.
Foto: © Daniel Pinheiro - Wildstep Productions - http://www.wildstepproductions.com/

terça-feira, 28 de julho de 2020

Reprodução

A época do cio ocorre de Janeiro a Julho, predominantemente em Janeiro-Fevereiro. Durante a época de acasalamento a fêmea deixa o seu território à procura de um macho. O típico período de gestação dura cerca de dois meses; as crias nascem entre Março e Setembro, com o ponto alto de nascimentos em Março e Abril. Uma ninhada consiste em duas ou três crias (raramente uma, quatro ou cinco). As crias pesam entre 200 e 250 gramas.
As crias tornam-se independentes quando têm sete a dez meses, mas permanecem com a mãe até aos vinte meses de idade. Entre os 8 e os 23 meses os machos dispersam-se (as fêmeas dispersam-se mais tarde). A distância de dispersão máxima verificada foi de 42 km. A sobrevivência dos mais novos depende muito da população de coelhos no seu habitat. No estado selvagem, tanto os machos como as fêmeas alcançam a maturidade sexual com um ano de idade, embora na prática raramente se reproduzam sem que um território fique vago e tenha qualidade suficiente; foi conhecida uma fêmea que só criou aos cinco anos de idade, quando a sua mãe morreu. A longevidade máxima na natureza é de treze anos. A reprodução não é anual, pois no melhor habitat de Doñana, registou-se o valor de 0,8 ninhada/fêmea/ano.
Os irmãos tornam-se violentos uns para com os outros entre os 30 e os 60 dias, com o ponto máximo nos 45 dias. Uma cria normalmente mata o seu irmão numa violenta luta. Desconhece-se por que razão ocorrem estes episódios agressivos. Muitos cientistas acreditam que têm a ver com mudanças hormonais, quando a cria muda do leite da mãe para a carne. Outros julgam que têm a ver com padrões de hierarquia, e de "sobrevivência do mais apto." Os tratadores separam as crias antes de chegar o período de 60 dias.
A dificuldade em encontrar parceiros leva a um maior número de casos de endogamia, que resulta em menos crias e uma maior taxa de morte não traumática. A endogamia leva a uma menor qualidade de sémen e a maiores taxas de infertilidade entre os machos, dificultando os esforços para aumentar a aptidão da espécie.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lince-ib%C3%A9rico
Foto: © Juan Carlos Poveda Vera - https://www.facebook.com/NaturedaNaturalezayEcoturismo/

Descrição

O lince-ibérico apresenta muitas das características típicas dos linces, como orelhas peludas, pernas longas, cauda curta e um colar de pelo que se assemelha a uma barba. Ao contrário dos seus parentes euroasiáticos, o lince-ibérico tem uma cor castanho-amarelada com manchas. O pelo também é mais curto que o de outros linces, que geralmente estão adaptados a ambientes mais frios. Algumas populações ocidentais não tinham manchas, no entanto acredita-se estarem extintas. Geralmente as manchas têm uma cor mais intensa durante os meses do Verão. Tem havido recentemente estudos sobre a configuração das manchas e a determinação do grau de diversidade genética dentro da espécie.
A cabeça e o corpo medem de 85 a 110 centímetros, com a pequena cauda a acrescentar um comprimento adicional de 12 a 30 centímetros. O tamanho dos ombros é de 60 a 70 centímetros. O macho é maior e mais pesado que a fêmea; estes apresentam um peso médio de 12,9 kg e um máximo de 26,8 kg, enquanto que as fêmeas apresentam um peso médio de 9,4 kg; tal é cerca de metade do peso do lince-euroasiático (Lynx lynx).
O lince-ibérico é um caçador muito especializado e que apresenta certas adaptações que melhoram a sua capacidade de capturar e matar pequenas presas. Têm um crânio encurtado, o que maximiza a força da mordidela dos caninos. Os seus focinhos são mais estreitos e têm mandíbulas mais longas e caninos menores do que animais que se alimentam de presas maiores.
Como todos os felídeos, o lince-ibérico tem pupilas verticais e uma visão excelente, especialmente quando há pouca visibilidade. Têm também reflexos apurados; os bigodes fornecem dados táteis muito detalhados e as orelhas proporcionam uma excelente audição. A maioria dos gatos solitários são silenciosos, excepto quando se sentem ameaçados ou quando os juvenis se encontram em perigo.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lince-ib%C3%A9rico
Foto: © Juan Carlos Poveda Vera - https://www.facebook.com/NaturedaNaturalezayEcoturismo/

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Ecologia

Introdução à espécie
O lince ibérico (Lynx pardinus, Temmick, 1827) tem origem na linha evolutiva dos grandes carnívoros (tigres, leões, jaguares e leopardos) dos quais se separou há cerca de três ou quatro milhões de anos. Pela sua aparência física, de uma forma intuitiva frequentemente associa-se a qualquer das outras linhas de felinos existentes, o lince ibério está mais próximo de um tigre do que de um gato na sua escala de evolução.
Um Ancestral comum para as quatro espécies atuais de linces existentes
Investigadores situam atualmente a origem dos linces na América do Norte, onde há cerca de 3,2 milhões de anos se diferenciaram as primeiras espécies conhecidas do género Lynx: o lince vermelho (Linx rufus), que atualmente sobrevive na América do Norte, e o lince issiodorensis (Lynx issiodorensis), que se extinguiu no pleistoceno. Desta espécie já extinta, pensa-se que descendem as três espécies de lince restantes, que migraram para a Euroásia pelo estreito de Bering. Devido à divisão no sul da Europa durante as glaciações do Pleistoceno, surge o lince das cavernas (Lynx spalea), cujos restos ficaram depositados em caves. Esta espécie é o ancestral direto do lince ibérico (Lynx pardinus) e do lince euroasiático (Lynx lynx). Este lince europeu possuía um tamanho corporal superior à espécie ibérica e inferior à espécie euroasiática. As glaciações da Euroásia parecem ter um papel importante na especificação dos linces, e devido à fragmentação e isolamento surgem no Pleistoceno inferior o lince euroasiático (Lynx lynx) na Ásia e o lince canadiense (Lynx canadensis) na América. Constatando-se que as outras três espécies de lince se distribuem em amplas áreas do território, o lince ibérico distribui-se já na época mais antiga de forma exclusiva na Península Ibérica.
Não é de estranhar que estas quatro espécies tenham algumas caraterísticas comuns como o rabo curto, orelhas com pelos compridos na ponta (conhecidos como pincéis) e barbas. Sem dúvida, o tamanho corporal das quatro espécies resultou da adaptação de cada uma das espécies ao seu habitat e à sua dieta, variando desde o lince vermelho, o mais pequeno, que tem um peso médio de cerca de 6 kg até ao lince boreal, que pode chegar a pesar 30 kg.
Descrição da Fisionomia do lince ibérico
O lince ibérico é um carnívoro estrito de médio tamanho. O seu peso ronda os 12,5 kg. Existem diferenças significativas entre machos e fêmeas (com desvios em relação à média até 3 kg para cada sexo) sendo os machos maiores que as fêmeas. Possuem uma longitude média de 80 cm e uma altura média de 45 cm, apresentando um aspeto elegante. As suas caraterísticas mais marcantes, conforme já descrito para a generalidade dos linces, são: pincéis, barbas e rabo curto com uma mancha negra apical. Além destas caraterísticas devem-se considerar as dos felinos: olhos frontais marcantes, que permitem precisão na medição de distâncias, própria de caçadores de curtas distâncias; grandes globos oculares que lhes permitem ver em condições de baixa luminosidade; orelhas peludas e triangulares, que protegem os ouvidos capazes de detetar o discreto caminhar dos coelhos; mãos desproporcionadamente grandes, úteis para agarrar com firmeza as presas e com unhas afiadas que impedem que as mesmas escapem (mantêm-se sempre afiadas para o alcance das presas). Chama a atenção a sua elevada garupa como consequência de largas patas traseiras que permitem dar saltos muito vantajosos durante a caça.
A sua dentição, é de um carnívoro estrito, com grandes caninos para matar com facilidade, molares para conseguir separar grandes bocados de carne e incisivos pequenos. A sua fórmula dentária é 3.1.2.1/3.1.2.1.
Por último, a tonalidade da sua pelagem, que lhe proporciona a capacidade de se misturar com as cores claras e escuras dos matorrais por onde habitualmente se move. As variedades da sua pele agrupam-se em “pinta grossa”, “intermédia” e “pinta fina”. Na verdade, a tendência para definir e delimitar todo o que se observa, não permite uma variada graduação entre os extremos que variam desde manchas grandes, que chegam a estar alinhados em forma de raios em alguns exemplares sobre fundo alaranjado, possuindo distintos tamanhos de mancha, até chegar a pelagens listadas, com pintas tão finas que passam quase despercebidas em peles pardas ou pardo-grisalho. Mesmo que todos os fenótipos estejam presentes, históricamente, em todas as populações, em Doñana a presença de exemplares de pinta grossa aparecem desde os anos 60 do século passado.
Sem dúvida, a maior variabilidade genética conservada na população da Serra Morena permitiam a presença atual de indivíduos com todos os tipos de pintas.
Lince Ibérico: Intimamente ligado à floresta mediterrânica e ao coelho
Este felino conhece-se um como especialista de habitat e de presa. O coelho é a presa fundamental e quase exclusiva deste carnívoro. A biologia dos coelhos, dependentes de zonas de refúgio e pastagens permite que quando os lagomorvos saem para se alimentar, o lince possa acercasse sem ser visto e ouvido e case a sua presa. As suas características dotam o lince de um perfeito desenho para mover-se sem ser visto entre a florestação típica da floresta mediterrânica, constituída proeminentemente por floresta nobre e em menor número por uma floresta baixa, que bordeia as zonas de pastagem. O desaparecimento de habitat bem conservado e o drástico decréscimo das populações do coelho, juntamente com a atuação direta do homem, colocou o lince no limite da extinção.
Indivíduos territoriais
Os linces adultos rejeitam territórios que podem solapar em grande parte com aéreas contiguas de adultos do sexo contrário e em menos escala com os do seu sexo. As áreas médias rondam os 600 hectares, mas conhecem-se territórios muito mais amplos circunscritos a espaços de baixa qualidade. O aumento de área ocorre por ocupação de um vago desaparecimento do animal dominante, por confrontos entre o dispersante e o regente que termina ganhando o seu espaço ou por colonização de zonas que melhoraram o seu habitat nos anos anteriores. As fêmeas podem reproduzir-se a partir dos dois anos, o que normalmente acontece com mais idade por não conseguirem ganhar o seu território antes.
Os linces entram em cio uma vez por ano, não sendo garantido que as fêmeas consigam criar os seus cachorros. É frequente que alguns jovens sub-adultos (principalmente fêmeas), da ninhada do ano anterior permaneçam e colaborem com a sua progenitora na criação da nova ninhada. Em algumas situações mãe e filha partilham o mesmo território durante anos, acabando por a mãe abandonar o território quando termina a idade reprodutora.
Os linces tendem a defender territórios com a menos área possível que lhes garanta alimento para subsistir. Assim, quanto maior qualidade tenha o habitat (quer dizer mais coelhos e floresta mediterrânica conservada existente) menos é o seu território, visto que encontram os recursos necessários em menos superfície.
Mortalidade natural da espécie
Mortalidade nas primeiras fases do desenvolvimento – Mortalidade perinatal
Todos os animais silvestres sofrem de mortalidade perinatal, quer dizer, durante a gestação e nos primeiros dias após o parto. No caso do lince ibérico, as causas reais das mortes perinatais são difíceis de determinar. Também é difícil saber quantas das fêmeas prenhas perdem os seus cachorros antes ou durante o parto, inclusive durante as primeiras semanas de vida. O programa de conservação ex-situ, essa a começar a obter dados neste sentido, mas deve-se ter em conta que as condições físicas das fêmeas em estado selvagem são diferentes das de cativeiro.
As ninhadas múltiplas de 3 e 4 indivíduos que se monotonizaram nas últimas décadas constatou-se existir uma alta percentagem de mortalidade, sobrevivendo apenas dois, verificando-se um pico de mortalidade no primeiro mês de vida e um segundo por volta dos três a quatro meses.Modelos preditivos elaborados por cientistas da EBD mediram o efeito de extrair indivíduos das ninhadas com mais de dois cachorros para iniciar o programa de criação em cativeiro, e o baixo impacto descrito, permitiu tomar a decisão de transferir alguns cachorros encontrados nestas circunstâncias. Sem dúvida são muito poucos os dados que se puderam retirar de indivíduos recém-nascidos, já que é complicado aceder sem perturbar os covis das fêmeas, totalmente desaconselhado para a realização deste tipo de trabalhos.
A sobrevivência dos cachorros comprova-se que está relacionada com abundância de alimento no território materno.
Mortalidade predispersiva - Lutas entre irmãos
Antes do início da criação em cativeiro, pode-se constatar pelos cientistas da EBD e posteriormente pelas equipas de conservação do lince da CMA, que existiu um segundo pico de mortalidade por volta dos três meses de idade. Quando se obtiveram as primeiras ninhadas no âmbito do programa conservação ex-situ, observa-se que por volta dos três meses de idade os cachorros desenvolvem uma agressividade extrema nas brincadeiras com os seus irmãos, que podem chegar a ser mortais. As mães têm um papel determinante na hora de separar as suas crias. Em cativeiro, a mãe está sempre muito próxima das crias, o que em estado selvagem se pressupõe que tal não pode acontecer.
É muito provável que a ausência da mãe em busca de alimento proporcione lutas excessivamente agressivas entre irmãos provocando a morte de alguns indivíduos. No caso do lince “Cromo” verificaram- se sinais de lutas com a idade de cerca de três meses na fase de maior agressividade das crias e que posteriormente foi integrado no programa de criação e cativeiro.
Luta específica por territórios
Em algumas situações, a disputa de linces perante os adultos residentes é a única maneira escolhida por alguns linces dispersantes para conquistarem um território próprio. É na época do cio que acontecem o maior número de disputas de fêmeas por machos provocando a morte de alguns. Não é muito habitual já que a ocupação do território através da marcação com urina e excrementos dos linces dominantes permite conhecer a ocupação de um território mantendo a fronteia entre eles. No entanto, áreas sem dominância em habitat adequado podem levar a situações de agressividade extrema.
Dispersões senis e morte por velhice
Nos últimos anos e graças ao elevado número de linces radio-equipados ao abrigo do projeto Life-Lince da CMA, assistiu-se à dispersão de vários exemplares (com cerca dos nove anos), que após permanecerem toda a fase reprodutora no mesmo território, são expulsos e transferidos para zonas sub-ótimas efetuando para tal grandes movimentos de dispersão. Este abandono do território, quando o animal não estava monitorizado, considerava-se que se devia à sua morte natural, mas são já vários os casos de exemplares que graças à telemetria se constatou, tanto em Doñana (Roxa, Dele, Mata, Viciosa) como em Serra Morena (Nuria, Flaca, Casandra) que realizaram dispersões de várias distâncias, permanecendo vivos vários meses ou anos noutros territórios. Tem-se mantido um rigoroso controlo destes indivíduos para constatar a existência de possíveis partos nesta fase senil, e compreender-se melhor o valor que podem representar na criação de novos territórios e fixação de outros indivíduos à sua volta.
As mortes por velhice, na fauna silvestre acontecem por desgaste do organismo, com alguma patologia associada a baixa capacidade de resposta do sistema imunitário ou por doenças degenerativas. No caso do lince ibérico a poucas certezas relativamente a mortes provocadas por estas tipologias, já que é difícil encontrar os cadáveres que não se encontram radio-equipados. Sem dúvida, a boa notícia é que cada vez mais se encontram indivíduos com idades entre os oito e dez anos, o que sugere uma diminuição da mortalidade da população em geral e da população adulta em particular, que permite a reprodução da espécie.
Além destes sinais indiretos da presença de lince, os linces ibéricos são dos carnívoros mais facilmente observáveis no meio natural. Têm bastante atividade diurna se a temperatura não estiver muito alta, e além disso a sua nobreza permite que não sejam demasiado desconfiados. Quando um lince se fixa numa área, além de se encontrar muitos rastos e latrinas, proporciona observações por parte da população local com bastante periodicidade.
Os exemplares dispersos (tanto juvenis como idosos) podem passar mais despercebidos, pois no seu percurso (que pode chegar a ser de 25 km por dia), não formam latrinas nem outros sistemas de marcação. A aparição esporádica de excrementos isolados corresponderá mais à passagem de exemplares em dispersão do que à presença real de exemplares estabelecidos.
A presença do lince numa área é fácil de detetar. Os linces ibéricos utilizam sistemas de marcação do território baseados principalmente na sinalização com urina e fezes, alguns dos quais bastante característicos. Mesmo que as marcas de urina não sejam detetáveis, o lince ibérico forma múltiplas latrinas de sinalização nos seus territórios que servem de aviso aos outros indivíduos da mesma espécie, da propriedade dos mesmos. Estas latrinas são facilmente detetáveis pela sua abundância. O tamanho das latrinas é variável, mas parece aumentar em áreas de sobreposição de territórios de vários indivíduos. Encontram-se facilmente latrinas mesmo que numa área só se encontre um lince fixado. Alem disto, as pegadas de lince, características de um animal felino, são facilmente identificáveis em substratos adequados.
Fonte: http://www.iberlince.eu/index.php/port/lince-iberico/ecologia
Foto: © Juan Carlos Poveda Vera - https://www.facebook.com/NaturedaNaturalezayEcoturismo/

Distribuição histórica e atual do lince ibérico

O lince ibérico, lince Lynx pardinus, pertence à linha dos grandes carnívoros (tigres, leões, jaguares, leopardos), dos que se separou há cerca de três ou quatro milhões de anos. Pela sua aparência física, de uma maneira intuitiva frequentemente associa-se a qualquer das outras linhas de felinos existentes, mas o lince ibérico está mais próximo de um tigre do que de um gato na sua escala evolutiva.
Na primeira década do século XX, Cabrera considera o lince ibérico praticamente extinto no norte e este da península e ainda abundante no centro e sudoeste. Apesar disso, até 1937 comercializara-se cerca de 500 peles de lince ibérico por ano no mercado espanhol. Em 1953 é publicado um decreto que cria as Juntas Provinciais de Extinção de Animais Danosos, que documentam a morte de 152 linces em Espanha entre 1954 e 1961. Neste período o registo de mortes de linces ocorre em seis províncias do oeste e sul peninsular, provavelmente registando que nas outras províncias a presença de lince já seria extremamente escassa naquela época. Sabendo-se que o esforço de captura não era igual em todo o território espanhol, pode verificar-se que a população mais abundante e mais castigada foi a dos Montes de Toledo. Estas Juntas contribuíram para a extinção de pequenas populações existentes em Espanha.
Em 1963, Valverde lança o primeiro alarme ao estimar que a distribuição de lince ibérico já só se restringe a 5 núcleos do sudoeste peninsular (Serra de Gata, Montes de Toledo, Noroeste de Badajoz, Serra Morena e Área de Doñana) e um pequeno núcleo isolado nos Pirenéus onde se duvida da sua atual existência. Este autor baseou o seu trabalho em dados de exemplares abatidos durante os 25 anos anteriores à publicação. Perante as evidências de que a conservação do lince ibérico estava em causa, o mesmo passa a ser considerado espécie protegida legalmente em 1966. Durante a década de 80, Rodriguez e Delibes realizam uma estimativa retrospetiva da distribuição do lince ibério em 1960 com base em inquéritos, estimando uma área de distribuição bastante mais extensa da estimada por Valverde. A diferença de metodologia utilizada pode ter estado na origem do primeiro autor subestimar a área real e dos segundos sobre estimá-la, pelo que a área real de distribuição para essa época provavelmente seria intermédia entre os resultados de ambos os trabalhos.
Durante a década de 70 no século XX, vários autores continuaram os trabalhos de prospeção do lince ibérico na península, obtendo resultados diversos em função da metodologia utilizada (procura de indícios indiretos, procura de indícios diretos e citas) com base e todos estes trabalhos e recorrendo aos seus próprios dados, Delibes estimou uma área de distribuição para a espécie em 1979 que se limita a seis núcleos principais (Serras da Malcata-Gata e Béjar, Montes de Toledo-Serra de Guadalupe, Serra Morena Oriental, Serra Morena Ocidental, Serras do Sul de Portugal e Parque de Doriana) e pequenos núcleos adjacentes a estes.
Como se pode observar em todos estes trabalhos, os núcleos populacionais mais importantes em Espanha durante as décadas de 60 e 70 são os contrafortes ocidentais do sistema central, Monte de Toledo, Serra Morena Oriental e Toñanha. Mesmo que o lince pudesse estar presente noutras áreas, a pequena dimensão das populações colocava em causa a sua sobrevivência. O lince ibérico extinguiu-se na Serra de São Pedro e na maior parte do sistema central durante estas duas décadas. Durante a filmagem de o Homem e a Terra, em meados dos anos 70, Félix Rodriguez de La Fuente, teve grandes dificuldades para encontrar um sítio em Espanha onde pudesse filmar isso. Finalmente, apos uma busca pela zona da estremadura, conseguiu filmar quatro exemplares na zona dos Montes do Toledo.
Entre 1978 e 1988, toma-se conhecimento da morte de pelo menos 356 linces em Espanha, a maior parte dos quais causados por furtivíssimo. Nos finais dos anos 80 a população de Montes do Toledo, que sempre tinha sido a mais abundante, foi submetida a uma pressão tal que se encontrava num cenário de pré-extinção. No princípio dos anos 90 cientistas da estação biológica de Doriana tratam de capturar exemplares para um projeto de investigação na zona de Montes de Toledo, com maior densidade conhecida no passado, se conseguirem obter resultados positivos. Finalmente conseguiu-se realizar o estudo na Serra de Andújar. Em 1990, Rodriguez e Delibes publicam os resultados de um trabalho de estimativa da população do lince ibérico em Espanha durante a década de 80, que evidenciam a continuação da regressão da espécie. Este trabalho baseia-se principalmente no resultado de pesquisas realizadas a coletivos chave e conclui que o lince ibérico em Espanha se distribui em 48 pequenos núcleos desconexos agrupados em nove populações isoladas (Serra Central Ocidental, Gertos, Alto Alberje, Serra de São Pedro, Montes de Toledo-Villuercas-Monfrague, Subbéticas, Serra Morena Oriental, Serra Morena Central, Serra Morena Ocidental e Doñana). Estima-se uma população de cerca de 1200 exemplares numa área de 11000 km2 dos quais apenas 1800 km2 se estima de alta densidade. A metodologia utilizada neste trabalho, sem uma boa avaliação da qualidade dos dados, poderá ter levado a sobrestimar a distribuição da espécie, pelo que poderá justificar ter-se considerado a presença de lince em áreas consideradas anos antes como extintas. No entanto, os dados são de todos os modos pouco satisfatórios, pois quase todos os núcleos descritos apresentaram baixa densidade, a exceção da Serra Morena Oriental. Em 1996, Castro e Palma apresentaram um trabalho baseado na mesma metodologia em Portugal, que conclui que o lince ibérico esta presente unicamente nas Serras da Malcata e do Algarve. O último registo seguro da presença de lince ibérico é nas contra fortes ocidentais do sistema central resulto da captura de um exemplar para investigação realizado na Serra da Malcata em 1992. Este exemplar representa o último dado confirmado da presença do lince em Portugal até a entrada do “Lince Caribu”, em 2009, proveniente de Huelva.
As diferenças metodológicas dos diferentes trabalhos não permitem comparar muitas vezes os resultados. Isto porque até este momento todos os trabalhos se realizavam em estimativas baseadas em indícios indiretos (procura de pegadas e excrementos, que hoje sabemos que por vezes são difíceis de atribuir a uma espécie sem fazer analises genéticas) pesquisas (a veracidade das citas e o significado das mesmas não é homogéneo), dados de animais encontrados (pode levar a subestimar a população) etc. No final da década de 90 iniciam-se duas técnicas de seguimento de populações de lince muito mais simples do que as que existiam até então: a foto – armadilhagem e a análise genética de excrementos. A combinação destas duas técnicas permite detetar qualquer população de lince ibérico, por mais baixa que seja a sua densidade. Em 2004, Guzman e Col. publicam os resultados de um trabalho de prospeção baseado na combinação destas duas técnicas, em Espanha, e entre 2000-2003, cujo resultado refere que já só existem populações de linces estáveis na Serra Morena Oriental e em Toñanha (cerca de 160 exemplares distribuídos em 500 km2).
Uma vez evidenciado, graças a Guzman e Col., o cenário de pré-extinção do lince ibérico no início do século XXI, começam a realizar-se trabalhos de conservação para evitar a extinção definitiva da espécie. Em 2001 tem inicio um programa de trabalhos que continua com um projeto Life entre 2002-2006, um segundo entre 2006-2011 e um terceiro projeto Life + Iberlince que deve início em 2011 e terminara em 2016. Fruto das ações de conservação destes programas, em 2016 contabilizaram-se mais de 400 linces em estado selvagem (Espanha e Portugal).
Durante a última década as populações de lince ibérico têm estado submetidas a uma intensa monotorização, que tem permitido uma avaliação das ações de conservação da espécie levadas a cabo pela Junta de Andaluzia, especialmente ao abrigo dos cofinanciados projetos LIFENAT 02/E/8609, 06/E/0209 e LIFE+NAT/ES/0570. A evolução da população durante estes anos de trabalho tem sido muito positiva.
Fonte: http://www.iberlince.eu/index.php/port/lince-iberico/distribuicao
Foto: © Juan Carlos Poveda Vera - https://www.facebook.com/NaturedaNaturalezayEcoturismo/

Taxonomia e evolução

O lince-ibérico foi descrito em 1827 por Coenraad Jacob Temminck, inicialmente no género Felis. Já foi considerado uma subespécie do lince-euroasiático (Lynx lynx), mas estudos morfológicos e genéticos corroboram a hipótese de ser uma espécie separada. Não são conhecidas subespécies do lince-ibérico.
A linhagem dos linces divergiu da dos outros felídeos há cerca de 7,2 milhões de anos. O género Lynx começou a diversificar-se há cerca de 3,24 milhões de anos, e o lince-ibérico separou-se do lince-euroasiático há cerca de 1,18 milhão de anos.
Segundo Werdelin (1981), os linces evoluíram a partir do Lynx issiodorensis. O lince-ibérico e o lince euroasiático eram endémicos da Europa Central durante o Pleistoceno. O isolamento do ancestral comum entre essas duas espécies, no sul da Península Ibérica em refúgios na Era do Gelo, culminou no surgimento do lince-ibérico, resultado de uma diminuição do porte desta espécie. Tal diminuição no tamanho é observada no registo fóssil e provavelmente deu-se pela especialização do felídeo em caçar coelhos.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lince-ib%C3%A9rico
Foto: © Omar Alonso - https://www.facebook.com/pg/WildIberianNature

domingo, 26 de julho de 2020

Duas crias a dar cabeçadas

LIVE-> Centro de Reprodução de Lince Ibérico "El Acebuche"
© Lynx ex-situ - www.lynxexsitu.es

WWF: futuro do lince-ibérico passa por ligar populações na natureza

Hoje existirão cerca de 800 linces-ibéricos em estado selvagem, graças a vários anos de trabalho de conservacionistas em Portugal e Espanha. Mas o futuro da espécie precisa que os núcleos populacionais deste felino estejam interligados, avisa a WWF Espanha.
É preciso começar a trabalhar para favorecer a ligação entre as várias populações de lince-ibérico, disse ontem à agência de notícias espanhola EFE Ramón Pérez de Ayala, coordenador dos projectos dos grandes carnívoros da WWF Espanha.
O lince-ibérico (Lynx pardinus) é uma espécie classificada Em Perigo de extinção pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Tem este estatuto desde 22 de Junho de 2015, depois de ter estado anos na categoria mais elevada, Criticamente Em Perigo de extinção.
Actualmente há populações reprodutoras no Vale do Guadiana (Portugal), na Andaluzia (Doñana-Aljarafe, Andújar-Cardeña, Guarrizas e Guadalmellato), Extremadura (Valle del Matachel) e Castela-La Mancha (Serra Morena Oriental e Montes de Toledo).
Estima-se que a população mundial de lince-ibérico tenha hoje cerca de 800 animais na natureza, incluindo 135 fêmea reprodutoras.
Estes núcleos foram criados e desenvolveram-se a partir das populações da Serra Morena e de Doñana, com animais vindos dos cinco centros de reprodução em cativeiro.
Em 2020, as reintroduções começaram em Espanha a 20 de Janeiro com a libertação de Queso e Quirina – macho e fêmea que tinham, então, 10 meses de idade – nos Montes de Toledo. Estes dois linces nasceram no centro de reprodução em cativeiro de Zarza de Granadilla (Cáceres).
“O projecto Life + Iberlince correu melhor do que estávamos à espera porque em todos os locais onde reintroduzimos linces correu tudo muito bem e já têm mais de 10 fêmeas reprodutoras”, disse Ramón Pérez de Ayala.
O responsável sublinhou que hoje há “populações fortes” de linces, com “fêmeas reprodutoras que criam sozinhas”. Agora, o desafio é evitar que, “a longo prazo, a endogamia prejudique a espécie”.
O problema da baixa diversidade genética
A diversidade genética demasiado baixa é um dos maiores desafios à sobrevivência do lince-ibérico, a par dos atropelamentos, da dependência das populações de coelho-bravo e do envenenamento e perseguição. Quanto mais consanguíneos forem os animais que se reproduzam, menor será o tamanho das ninhadas e menor será a taxa de sobrevivência das crias, por exemplo.
“Os núcleos ainda não estão devidamente conectados”, disse à Wilder Rodrigo Serra, director do Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico (CNRLI) numa entrevista em Março de 2018, onde defendia a necessidade vital de ligar as populações de lince para trazer de volta esta espécie aos seus territórios históricos em Portugal e Espanha.
“Não há corredores naturais devidamente consolidados. E isso traz-nos o risco acrescido de qualquer coisa que aconteça a uma destas populações – como incêndios ou epidemias – poder eliminar um núcleo”, acrescentou Rodrigo Serra.
Uma das formas para conseguir aumentar essa diversidade é fazer com que os animais de diferentes populações se encontrem e se reproduzam.
Mas este não é um desafio de fácil resolução. “Em alguns casos há uma distância grande entre populações”, lembrou Ramón Pérez de Ayala. Daí a importância do novo projecto LIFE Lynx Connect, que vai apostar em ter pequenas populações-ponte entre os grandes núcleos reprodutores, ligadas através de grandes corredores naturais.
“Já sabemos quais são estes corredores naturais e este ano começaremos a determinar a sua idoneidade com a realização de censos de coelho-bravo que nos permita identificar os lugares chave que constituam esses pontes intermédios”, explicou o responsável espanhol.
Hoje, os peritos já sabem por onde tendem a movimentar-se os linces e onde estaria o habitat adequado. “Agora, o que precisamos conhecer é se têm coelho ou não”.
Nestas “populações-ponte”, acrescentou, “pode favorecer-se a chegada natural dos linces ou reintroduzir-se inicialmente alguns exemplares até conseguir, pelo menos, duas fêmeas reprodutoras na zona”.
Fonte: www.wilder.pt
Foto: © Omar Alonso - https://www.facebook.com/pg/WildIberianNature

Lince ibérico – o Felino Mais Ameaçado do Mundo

O lince-ibérico(Lynx pardinus) foi uma espécie em perigo crítico até 2015, para agora ser considerada uma espécie em perigo, sendo ainda assim o felino mais ameaçado do mundo, e o carnívoro em maior perigo na Europa.
Com uma área de distribuição histórica extremamente reduzida e fragmentada, ocupando apenas áreas de Portugal e Espanha, esta espécie encontra-se classificada como o carnívoro mais ameaçado na Europa e o felino mais ameaçado no Mundo, tendo sido recentemente classificado pela União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) como criticamente ameaçado. Actualmente só está confirmada a existência de duas populações reprodutoras (Doñana e Andujár-Cardeña no extremo Oriental da Serra Morena), e o último censo indica que os efectivos totais se situarão abaixo dos 150 indivíduos adultos. Estas duas populações estão isoladas entre si o que ainda as torna mais vulneráveis. Os efectivos actuais não são suficientes para a sua sobrevivência a longo prazo e os especialistas concordam que se encontra no limiar da extinção.
Em Portugal os territórios de distribuição histórica da espécie, são: Sítio de Rede Natura de Monchique; Sítio de Rede Natura do Caldeirão; Parque Natural do Vale do Guadiana; Sítio de Rede Natura de Moura/Barrancos e Parque Natural Serra da Malcata.
O Lince Ibérico é uma espécie num estado de grande vulnerabilidade aos efeitos que poderão ser exacerbados pelas alterações climáticas, nomeadamente:
· Destruição de Habitat por Incêndios Florestais;
· Escassez de alimento por surtos de doenças nas espécies presa;
· Ou uma combinação de ambos por efeito da desertificação;
A gestão sustentável das actividades agro-florestal e cinegética e o restauro do habitat da espécie, são consideradas pela WWF como o objectivo prioritário para viabilizar a conservação do Lince ibérico em território nacional, invertendo o processo de declínio das populações e recuperando os núcleos históricos da espécie.
Para alcançar este objectivo, a WWF:
· Acompanha a implementação do Plano de Acção Nacional para o Lince;
· Promove a certificação da gestão florestal e cinegética responsável nos núcleos históricos da espécie.
· Desenvolve projectos de gestão sustentável e recuperação do habitat do Lince ibérico
Fonte: https://www.natureza-portugal.org
Foto: © Omar Alonso - https://www.facebook.com/pg/WildIberianNature

Lince-ibérico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O lince-ibérico (nome científico: Lynx pardinus) é uma espécie de mamífero da família Felidae e género Lynx. Anteriormente considerado uma subespécie do lince-euroasiático (Lynx lynx), o lince-ibérico está agora classificado como espécie separada. Ambas as espécies percorriam juntas a Europa central durante o período Pleistoceno, separadas apenas por escolhas de habitat. Acredita-se que o lince-ibérico, assim como os outros linces, evoluiu a partir do Lynx issiodorensis.
Apresenta muitas das características típicas dos linces, como orelhas peludas, pernas longas, cauda curta e um colar de pelo que se assemelha a uma barba. Ao contrário dos seus parentes mais próximos, o lince-ibérico tem uma cor castanho-amarelada com manchas. O comprimento da cabeça e do corpo é de 85 a 110 centímetros, com a pequena cauda a acrescentar um comprimento adicional de 12 a 30 centímetros. O macho é maior que a fêmea e podem pesar até cerca de 27 kg. A longevidade máxima na natureza é de treze anos.
Endémico da Península Ibérica, no sul da Europa, o lince-ibérico é especialista na caça de coelhos, os quais representam 79,5% a 86,7% da sua dieta, com fraca capacidade de se adaptar a outro tipo de alimentação. Um macho necessita de um coelho por dia; uma fêmea grávida come três coelhos por dia. A queda acentuada das populações da sua principal fonte de alimento, em resultado de duas doenças, contribuiu para o declínio do felino. O lince também foi afectado pela perda de matagal, o seu habitat principal, pelo desenvolvimento humano, incluindo mudanças no uso do solo (como o mono-cultivo de árvores) e pela construção de barragens e estradas. Os atropelamentos com veículos são a principal causa de morte não-natural do lince-ibérico.
O lince-ibérico foi uma espécie em perigo crítico até 2015, para agora ser considerada uma espécie em perigo. Ainda assim, é a espécie de felino mais ameaçada no mundo e o carnívoro em maior perigo na Europa. De acordo com o grupo de conservação SOS Lynx, se o lince-ibérico desaparecesse, seria a primeira espécie de felino a ficar extinta desde os tempos pré-históricos.[3] Está categorizado como espécie em perigo por várias organizações, incluindo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A reprodução em cativeiro e os programas de reintrodução têm aumentado o seu número. Em 2013, a Andaluzia tinha uma população de 309 indivíduos em estado selvagem e em Dezembro de 2014 foram reintroduzidos os primeiros exemplares em Portugal. Em 2017 a população total do lince era de 475 espécimes. Numa tentativa de salvar esta espécie da extinção, teve início o projecto Europeu de Vida Natural que inclui a preservação do habitat, monitorização da população do lince, e gestão das populações de coelho...
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lince-ib%C3%A9rico
Foto: © Omar Alonso - https://www.facebook.com/pg/WildIberianNature

sábado, 25 de julho de 2020

Sofisticado predador

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Venusto animal ibérico

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Maravilha natural

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Graciosas crias de lince ibérico!

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Todos a matar a sede na lagoa, mas há sempre alguém atento!

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Mãe e cria a beber na lagoa, encantador!

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Crias de lince ibérico tão lindas, o futuro da espécie!

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Deslumbrante ser...

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Atento ao que o rodeia...

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Maravilhosa paisagem, com um lince mimetizado!

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Bela paisagem com um atraente lince ibérico

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Nas rochas, muito bem camuflado

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sexta-feira, 24 de julho de 2020

Bela paisagem de rochedos com um gracioso lince ibérico

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Esbelto animal

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No meio dos rochedos

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Belo exemplar

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Lince ibérico bem escondido no meio da vegetação!

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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Delicado ser...

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Nobre animal ibérico

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Que olhos deslumbrantes!

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Grande agilidade tem este felino!

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Magnífico o Salto do Lince Ibérico

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Lavando a sua pata

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Divinal

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Espantoso lince ibérico

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Mãe e cria

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Admirável animal

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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Singular esta beleza infinita!

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Um coelho a voar em frente dos olhos do lince ibérico! Amazing!

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Maravilhoso!

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Impressionante criatura...

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Belos caninos!

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Esplêndido lince ibérico

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Olhar "ameaçador"

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Deslumbrante espécie

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Gracioso lince a descansar

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Lince ibérico caçou um coelho

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Cronologia do estado de conservação do lince ibérico

Gráfico de mortes por ano

Projeto: Causas de morte do lince ibérico

A Reconquista do Lince Ibérico (Jogo)

1.º lugar na categoria “2.º Ciclo” – Agrupamento de Escolas de Vouzela
O Agrupamento de Escolas de Vouzela (EBI de Vouzela), Eco-Escola desde 2007/2008, apresentou um jogo informático intitulado “A Reconquista do Lince”, criado por um professor e por dois alunos do 5.º ano. O jogo, que já está disponível para ser experimentado, ainda vai sofrer algumas alterações por proposta da Fundação IBERLINX que está interessada no projeto e só depois serão lançadas as versões para computador, smartphone e tablet. (versão experimental).